Dicionário de termos da Manutenção Industrial: conceitos técnicos conforme a ABNT

Livro assemelhando-se a um dicionário de manutenção com um capacete de segurança amarelo em cima.

A padronização dos termos técnicos é essencial para a comunicação precisa e eficiente em programas de manutenção industrial. Com base na norma ABNT NBR 5462:1994 – Confiabilidade e Mantenabilidade – Terminologia, este dicionário de termos da manutenção industrial apresenta definições fundamentais utilizadas por engenheiros de manutenção, analistas de confiabilidade, técnicos de campo e gestores de ativos.

Dessa forma, o conteúdo foi elaborado com foco na clareza conceitual e na aplicabilidade prática dos termos, abrangendo desde tipos de falha e modos de pane até indicadores como MTTR, MTTF e disponibilidade. Além disso, a NBR 5462 ainda é a principal referência normativa sobre confiabilidade no Brasil, sendo amplamente utilizada por profissionais da área.

Por isso, este dicionário é um recurso valioso para quem atua na manutenção preditiva, preventiva e corretiva, permitindo alinhamento entre equipes, melhor interpretação de relatórios técnicos e maior assertividade na tomada de decisão.

Termos Básicos

  • Item:
    Qualquer parte, componente, dispositivo, subsistema, unidade funcional, equipamento ou sistema que possa ser considerado individualmente.
  • Item reparado:
    Item reparável que será de fato reparado depois de uma falha.
  • Item não-reparado:
    Item que não será reparado depois de uma falha.
  • Serviço:
    Conjunto de funções oferecidas a um usuário por uma organização.
  • Função requerida:
    Função ou combinação de funções de um item consideradas necessárias para prover um dado serviço.
  • Modo de funcionamento:
    Subconjunto das possíveis funções de um item.
  • Acessibilidade:
    Facilidade relativa de acesso às diversas áreas de um item.
  • Modificação:
    Combinação de todas as ações técnicas e administrativas destinadas a modificar um item.
  • Operação:
    Combinação de todas as ações técnicas e administrativas destinadas a permitir que um item cumpra uma função requerida, reconhecendo-se a necessidade de adaptação a mudanças nas condições externas.

Desempenho do Item

  • Eficácia:
    Capacidade de um item atender a uma demanda de serviço de determinadas características quantitativas.
  • Durabilidade:
    Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob dadas condições de uso e manutenção, até que um estado-limite seja alcançado.
  • Capabilidade:
    Capacidade de um item atender a uma demanda de serviço sob dadas condições internas.
  • Dependabilidade:
    Termo coletivo que descreve o desempenho da disponibilidade e seus fatores de influência (confiabilidade, mantenabilidade e suporte logístico de manutenção).
  • Disponibilidade:
    Capacidade de um item estar em condições de executar uma função em dado instante ou intervalo de tempo determinado.
  • Confiabilidade:
    Capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições especificadas, durante dado intervalo de tempo.
  • Mantenabilidade:
    Capacidade de um item ser mantido ou recolocado em condições de executar funções requeridas sob condições especificadas.
  • Desempenho do suporte de manutenção:
    Capacidade de uma organização prover os recursos necessários para manter um item sob condições especificadas.

Defeitos

  • Defeito:
    Qualquer desvio de uma característica de um item em relação aos seus requisitos.
  • Defeito crítico:
    Defeito que provavelmente resultará em condições perigosas ou consequências inaceitáveis.
  • Defeito maior:
    Provavelmente resultará em uma falha ou reduzirá substancialmente a utilização do item.
  • Defeito menor:
    Defeito que não seja maior.
  • Defeito não-crítico:
    Defeito que não seja crítico.
  • Defeituoso:
    Item que contém um ou mais defeitos.
  • Defeituoso crítico:
    Item que contém um ou mais defeitos críticos.
     
  • Defeituoso maior,
    Item que contém um ou mais defeitos maiores.
  • Defeituoso menor
    Item que contém um ou mais defeitos menores, mas nenhum defeito maior.
  • Defeito de projeto:
    Defeito devido a projeto inadequado.
  • Defeito de fabricação:
    Defeito devido à não conformidade da fabricação com o projeto.
  • Bug:
    Defeito de software.
    O termo “bug” é amplamente utilizado na engenharia de software para descrever defeitos, embora não conste na NBR 5462.

Falhas

  • Falha:
    Término da capacidade de um item desempenhar a função requerida. (Nota: a “falha” é um evento; diferente de “pane”, que é um estado).
  • Falha crítica:
    Falha que provavelmente resultará em condições perigosas e inseguras para pessoas, danos materiais significativos ou outras consequências inaceitáveis.
  • Falha não-crítica:
    Falha que não seja crítica.
  • Falha relevante:
    Falha que deve ser considerada na interpretação dos resultados operacionais ou de ensaios, ou no cálculo do valor de uma medida de confiabilidade.
  • Falha não-relevante:
    Falha a ser desconsiderada na interpretação dos resultados operacionais ou de ensaios, ou no cálculo do valor de uma medida de confiabilidade.
  • Falha parcial:
    Falha que resulta na incapacidade do item desempenhar algumas, mas não todas, as funções requeridas.
  • Falha completa:
    Falha caracterizada pelo fato do item não conseguir desempenhar nenhuma das funções requeridas.
  • Falha por uso incorreto:
    Falha devido à aplicação de solicitações além dos limites especificados ou erros de instalação ou operação.
  • Falha por manuseio:
    Falha causada por manuseio incorreto ou falta de cuidado com o item.
  • Falha por fragilidade:
    Falha devido a uma fragilidade no próprio item, quando submetido a solicitações previstas nas especificações. (Nota: Uma fragilidade pode ser inerente ou induzida).
  • Falha de projeto:
    Falha de um item devido a projeto inadequado.
  • Falha de fabricação:
    Falha devido à não conformidade da fabricação com o projeto ou com os processos de fabricação especificados.
  • Falha por degradação:
    Falha que é simultaneamente gradual e parcial.
  • Falha por deterioração:
    Falha que resulta de mecanismos de deterioração inerentes ao item, que determinam uma taxa de falha instantânea crescente ao longo do tempo.
  • Falha repentina:
    Falha que não poderia ser prevista por um exame anterior ou monitoração.
  • Falha gradual:
    Falha devido a uma mudança gradual com o tempo de dadas características de um item. (Nota: pode ser prevista por monitoração e evitada por manutenção).
  • Falha catastrófica:
    Falha repentina que resulta na incapacidade completa de um item desempenhar todas as funções requeridas.
  • Falha sistemática:
    Falha relacionada de modo determinístico a uma causa específica, podendo ser eliminada por modificação do projeto, processo ou procedimentos operacionais.
  • Falha primária:
    Falha de um item que não é causada direta ou indiretamente pela falha ou pane de outro item.
  • Falha secundária:
    Falha de um item causada direta ou indiretamente pela falha ou pane de outro item.
  • Causa de falha:
    Circunstâncias relativas ao projeto, fabricação ou uso que conduzem a uma falha.
  • Mecanismo de falha:
    Conjunto de processos físicos, químicos ou outros que conduzem a uma falha.

Panes

  • Pane:
    Estado de um item caracterizado pela incapacidade de desempenhar uma função requerida, excluindo a incapacidade durante a manutenção preventiva ou outras ações planejadas, ou pela falta de recursos externos.
  • Pane crítica:
    Pane que provavelmente resultará em condições perigosas e inseguras para pessoas, danos materiais significativos ou outras consequências inaceitáveis.
  • Pane não-crítica:
    Pane que não seja crítica.
  • Pane maior:
    Pane que afeta uma função considerada de maior importância.
  • Pane menor:
    Pane que não afeta uma função considerada de maior importância.
  • Pane por uso incorreto:
    Pane devido à aplicação de solicitações além dos limites especificados ou por erros de instalação ou operação.
  • Pane por manuseio:
    Pane causada por manuseio incorreto ou falta de cuidado.
  • Pane por fragilidade:
    Pane devido a uma fragilidade do próprio item, quando submetido a solicitações previstas nas especificações.
  • Pane de projeto:
    Pane de um item devido a projeto inadequado.
  • Pane de fabricação:
    Pane de um item devido à não conformidade da fabricação com o projeto ou com os processos de fabricação especificados.
  • Pane por deterioração:
    Pane de um item devido a uma falha por deterioração.
  • Pane evidenciada por programa:
    Pane revelada pela execução de uma certa sequência de instruções de um programa de computador.
  • Pane evidenciada por dados:
    Pane revelada pelo processamento de uma configuração particular de dados.
  • Pane completa:
    Pane caracterizada pelo fato de o item não conseguir desempenhar nenhuma das funções requeridas.
  • Pane parcial:
    Pane que não seja completa.
  • Pane permanente:
    Pane que persiste até que uma ação de manutenção corretiva seja realizada.
  • Pane temporária:
    Pane que persiste por uma duração limitada, após a qual o item recupera sua capacidade de executar a função requerida sem ser submetido a qualquer ação de manutenção corretiva.
  • Pane intermitente:
    Pane temporária, que se repete.
  • Pane latente:
    Pane existente, mas que ainda não foi percebida.
  • Pane sistemática:
    Pane resultante de uma falha sistemática.
  • Modo de pane:
    Um dos possíveis estados de um item em pane.
  • Item em pane:
    Item em estado de pane.

Erros

  • Erro:
    Diferença entre um valor ou condição observada ou medida e a correspondente condição ou valor verdadeiro especificado ou teórico.
  • Erro humano/Engano:
    Ação humana que produz um resultado diferente daquele que se pretendia ou que se deveria obter.

Estados de um Item

  • Estado de operação:
    Estado de um item quando ele está desempenhando a função requerida.
  • Estado de não-operação:
    Estado de um item quando ele não está desempenhando a função requerida.
  • Estado de prontidão:
    Estado de um item que está disponível, mas não em operação, durante o tempo requerido.
  • Estado livre:
    Estado de um item que está disponível, mas não em operação, durante o tempo não requerido.
  • Estado de ocupação:
    Estado de um item que está desempenhando uma função requerida para um usuário e que, por esta razão, não pode ser utilizado por outros.
  • Estado de disponibilidade:
    Estado de um item caracterizado por ele poder desempenhar uma função requerida, desde que os recursos externos necessários sejam providos.
  • Estado de indisponibilidade:
    Estado de um item caracterizado por uma pane ou por uma eventual incapacidade de desempenhar uma função requerida durante a manutenção preventiva.
  • Estado de incapacidade:
    Estado de um item caracterizado por sua incapacidade de desempenhar a função requerida, por qualquer razão.
  • Estado por razões externas:
    Estado de um item disponível que se acha em estado de incapacidade por falta de recursos externos ou por estarem sendo executadas ações planejadas que não as de manutenção.
  • Estado crítico:
    Estado de um item que provavelmente resultará em condições perigosas e inseguras para pessoas, perdas materiais significativas ou outras consequências danosas.

Tipos e Estratégias de Manutenção

  • Manutenção:
    Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em condições de executar uma função requerida.
  • Manutenção preventiva:
    Manutenção efetuada em intervalos predeterminados ou segundo critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou degradação do item.
  • Manutenção corretiva:
    Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane, destinada a recolocar o item em condições de executar a função requerida.
  • Manutenção preditiva (controlada):
    Manutenção baseada na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando supervisão centralizada ou amostragem, visando reduzir a manutenção preventiva e minimizar a corretiva.
  • Manutenção programada:
    Manutenção preventiva efetuada de acordo com um programa preestabelecido.
  • Manutenção não-programada:
    Manutenção realizada após a recepção de uma informação relacionada ao estado do item, não seguindo um programa predefinido.
  • Manutenção no campo:
    Manutenção efetuada no local onde o item é utilizado.
  • Manutenção fora do local:
    Manutenção realizada em local diferente daquele em que o item é utilizado.
  • Manutenção remota:
    Manutenção efetuada sem acesso direto do pessoal ao item.
  • Manutenção automática:
    Manutenção realizada sem intervenção humana.
  • Manutenção deferida:
    Manutenção corretiva iniciada após um período de tempo, retardada segundo certas regras após a detecção da pane.
  • Filosofia de manutenção:
    Conjunto de princípios para organização e execução da manutenção.
  • Política de manutenção:
    Descrição das inter-relações entre escalões, níveis de intervenção e manutenção a serem aplicados para manutenção do item.
  • Escalão de manutenção:
    Posição dentro de uma organização onde níveis específicos de manutenção são efetuados (ex: campo, oficina de reparo ou fabricante).
  • Nível de intervenção:
    Subdivisão de um item sobre a qual são realizadas ações de manutenção.
  • Nível de manutenção:
    Conjunto de ações a serem efetuadas em um nível de intervenção especificado.

Ações de Manutenção

  • Atividade elementar de manutenção:
    Cada unidade de trabalho na qual uma atividade de manutenção pode ser dividida em determinado nível de intervenção.
  • Ação de manutenção:
    Sequência de atividades elementares com finalidade específica (diagnóstico, localização, verificação).
  • Diagnóstico da pane:
    Ações para detectar a pane, sua localização e identificação da causa.
  • Detecção da pane:
    Constatação de que um item está em pane.
  • Localização da pane:
    Ações para identificar o subitem ou subitens em pane.
  • Correção da pane:
    Ações tomadas após localização da pane para restabelecer a capacidade do item.
  • Reparo:
    Parte da manutenção corretiva com ações efetivas sobre o item, excluindo atrasos técnicos.
  • Verificação funcional:
    Ações após a correção para verificar se o item recuperou sua capacidade funcional.
  • Restabelecimento funcional:
    Recuperação da capacidade funcional do item após pane.
  • Supervisão/Monitoração:
    Atividade manual ou automática para observar o estado de um item.
    (Nota: A supervisão automática pode ser feita no interior ou no exterior de um item)
  • Célula de manutenção:
    Subitem que, em pane, pode ser identificado sem ambiguidade para ser substituído ou reparado.
  • Manutenção afetando o funcionamento:
    Ação que interrompe ou degrada funções requeridas.
  • Manutenção impedindo o funcionamento:
    Ação que impede todas as funções requeridas do item.
  • Manutenção degradando o funcionamento:
    Ação que degrada uma ou mais funções requeridas, mas não todas.
  • Manutenção permitindo o funcionamento:
    Ação que não interrompe nem degrada funções requeridas do item.

Tempos Relacionados à Manutenção

  • Tempo de manutenção geral:
    Intervalo de tempo durante o qual é executada uma ação de manutenção em um item, manual ou automaticamente, incluindo atrasos técnicos e logísticos.
  • Tempo de manutenção preventiva:
    Parte do tempo de manutenção destinada à execução de manutenção preventiva em um item, incluindo atrasos técnicos e logísticos.
  • Tempo de manutenção corretiva:
    Parte do tempo de manutenção destinada à execução de manutenção corretiva em um item, incluindo atrasos técnicos e logísticos.
  • Tempo de manutenção efetiva:
    Parte do tempo de manutenção na qual uma ação é executada efetivamente no item, excluindo atrasos logísticos.
  • Tempo de diagnóstico:
    Parte do tempo de manutenção corretiva efetiva durante o qual é feito o diagnóstico da pane (detecção, localização e identificação da causa).
  • Tempo de detecção:
    Parte do tempo de diagnóstico durante a qual é confirmada a existência da pane.
  • Tempo de localização:
    Parte do tempo de diagnóstico durante a qual é feita a localização da pane.
  • Tempo de correção:
    Parte do tempo de manutenção corretiva efetiva destinada à correção da pane.
  • Tempo de verificação:
    Parte do tempo de manutenção corretiva efetiva destinada à verificação funcional pós-correção.
  • Tempo de reparo:
    Parte do tempo de manutenção corretiva durante a qual são executadas ações de reparo em um item.
  • Tempo de manutenção em homens-hora:
    Soma dos tempos de manutenção utilizados por cada indivíduo da equipe, expressa em homens-hora.
  • Atraso técnico:
    Tempo acumulado para executar ações técnicas auxiliares associadas às ações de manutenção.
  • Atraso logístico:
    Tempo acumulado em que a manutenção não é executada devido à necessidade de obtenção de recursos necessários.
  • Atraso administrativo:
    Tempo acumulado durante o qual uma ação de manutenção corretiva não é efetuada por razões administrativas.
  • Tempo de pane não-detectada:
    Intervalo entre a ocorrência da falha e a detecção da pane.

Tempos de Vida e Operação

  • Tempo de operação:
    Intervalo durante o qual um item está em estado de operação.
  • Tempo de não-operação:
    Intervalo durante o qual um item está em estado de não-operação.
  • Tempo requerido:
    Intervalo durante o qual o usuário exige que o item esteja em condição de desempenhar uma função requerida.
  • Tempo não-requerido:
    Intervalo durante o qual o usuário não exige que o item esteja em condição de desempenhar uma função requerida.
  • Tempo de disponibilidade:
    Intervalo em que um item está em estado de disponibilidade para desempenhar uma função requerida.
  • Tempo de indisponibilidade (total):
    Intervalo durante o qual um item está em estado de indisponibilidade.
  • Tempo de indisponibilidade (médio):
    Esperança matemática do tempo de indisponibilidade.
  • Tempo até a primeira falha:
    Duração acumulada dos tempos de operação, desde a primeira disponibilidade até a primeira falha.
  • Tempo entre falhas:
    Intervalo entre duas falhas consecutivas de um item.
  • Tempo até falha:
    Duração acumulada desde a recuperação até a ocorrência da próxima falha.
  • Vida útil:
    Intervalo de tempo desde o início de uso até que o item atinja um limite especificado de desgaste ou desempenho.
  • Vida em armazenagem:
    Tempo que um item pode ser armazenado sob condições especificadas mantendo sua capacidade funcional.
  • Períodos: falhas prematuras:
    Intervalo inicial de operação caracterizado por taxa de falha decrescente.
  • Períodos: falhas constantes:
    Intervalo de operação caracterizado por taxa de falha constante.
  • Períodos: deterioração:
    Intervalo final da vida de operação caracterizado por uma taxa de falha crescente devido à deterioração.

Métricas e Indicadores

  • MTTF (Tempo médio até falha):
    Esperança matemática do tempo até a falha de um item.
  • MTBF (Tempo médio entre falhas):
    Esperança matemática do tempo entre falhas de um item.
  • MTTFF (Tempo médio até a primeira falha):
    Esperança matemática do tempo até a primeira falha de um item.
  • MTTR (Tempo médio de restabelecimento):
    Esperança matemática do tempo de restabelecimento.
  • MDT (Tempo médio de indisponibilidade):
    Esperança matemática do tempo de indisponibilidade.
  • MUT (Tempo médio de disponibilidade):
    Esperança matemática do tempo de disponibilidade.
  • MRT (Tempo médio de reparo):
    Esperança matemática do tempo de reparo.
  • MOTBF (Tempo médio de operação entre falhas):
    Esperança matemática do tempo de operação entre falhas.
  • MAD (Atraso administrativo médio):
    Esperança matemática do atraso administrativo.
  • MLD (Atraso logístico médio):
    Esperança matemática do atraso logístico.
  • Disponibilidade instantânea:
    Probabilidade de um item ser capaz de desempenhar uma função requerida, em um dado instante, supondo recursos externos providos.
  • Disponibilidade média:
    Média da disponibilidade instantânea durante um dado intervalo de tempo.
  • Disponibilidade assintótica:
    Limite da disponibilidade instantânea quando o tempo tende ao infinito.
  • Confiabilidade:
    Probabilidade de um item desempenhar uma função requerida sob dadas condições durante um dado intervalo.
  • Taxa de falha instantânea:
    Limite da probabilidade condicional de ocorrência da falha em dado instante, assumindo disponibilidade prévia.
  • Taxa de falha média:
    Média da taxa de falha instantânea num intervalo de tempo.
  • Intensidade de falha instantânea:
    Limite da razão do número médio de falhas num intervalo, pela duração do intervalo, quando essa tende a zero.
  • Intensidade de falha média:
    Média da intensidade de falha instantânea num intervalo de tempo.
  • Taxa de reparo instantânea:
    Limite da probabilidade condicional de término da manutenção corretiva num intervalo de tempo quando este tende a zero.
  • Taxa de reparo média:
    Média da taxa de reparo instantânea num intervalo de tempo.
  • Eficiência de detecção:
    Proporção das panes detectáveis sob dadas condições.
  • Eficiência de reparo:
    Proporção das panes corrigíveis com sucesso.

Ensaios e Análises

  • Ensaio:
    Experimento para medir, quantificar ou classificar uma característica ou propriedade de um item.
  • Ensaio de vida:
    Ensaio efetuado em um certo intervalo de tempo para investigar como as propriedades de um item são afetadas pela aplicação de solicitações especificadas e suas durações.
  • Ensaio de campo:
    Ensaio realizado no local de utilização, registrando condições operacionais e ambientais.
  • Ensaio de laboratório:
    Ensaio sob condições prescritas e controladas, que podem ou não simular condições reais.
  • Ensaio acelerado:
    Ensaio no qual os níveis das solicitações aplicados são escolhidos de modo a exceder aqueles especificados nas condições de referência, a fim de reduzir o tempo necessário para se observar a reação do item, ou para ampliar esta reação durante um intervalo de tempo. Para ser válido, o ensaio acelerado não deve alterar os modos de panes básicos e os mecanismos de falhas ou suas prevalências relativas.
  • Ensaio seletivo:
    Ensaio ou conjunto de ensaios destinados a remover ou detectar itens defeituosos ou aqueles que poderiam apresentar falhas prematuras.
  • Fator de aceleração:
    Relação entre as durações necessárias para se obter o mesmo número estabelecido de falhas ou degradações em duas amostras de tamanhos iguais sob dois conjuntos diferentes de condições de solicitação, envolvendo os mesmos mecanismos de falhas e modos de panes e suas frequências relativas.
  • Análise de falhas:
    Exame lógico e sistemático de um item que falhou, para identificar e analisar o mecanismo, a causa e as consequências da falha.
  • Análise de panes:
    Exame lógico e sistemático de um item para identificar e analisar as probabilidades, as causas e consequências de possíveis panes.
  • FMEA (Análise dos modos de pane e seus efeitos):
    Método de análise dos modos de pane e seus efeitos.
  • FMECA (Análise dos modos de pane, seus efeitos e criticidade):
    Análise dos modos de pane com avaliação da criticidade.
  • FTA (Análise da árvore de panes):
    Método estruturado para análise das causas das panes.
  • Diagrama de blocos da confiabilidade:
    Diagrama de blocos mostrando, para um ou mais modos de funcionamento de um item completo, como as panes dos subitens (representados por blocos) ou combinações delas resultam em panes do item.
  • Diagrama de transição de estados:
    Diagrama mostrando os possíveis estados de um item e as transições diretas entre eles.
  • Árvore de panes:
    Diagrama lógico mostrando quais modos de pane de subitens, quais eventos externos ou quais combinações desses modos e eventos resultam em um dado modo de pane do item.
  • Verificação e demonstração da mantenabilidade:
    Processo experimental para verificar ou demonstrar a mantenabilidade.

Conceitos de Projeto

  • Redundância ativa:
    Todos os elementos redundantes operam simultaneamente. Ou seja, vários componentes funcionam em paralelo, e o sistema continua operando normalmente mesmo que um (ou mais) falhe.
  • Redundância stand-by:
    A unidade redundante permanece em espera (stand-by) e entra em operação somente quando ocorre a falha da unidade principal. Ela pode ser quente (acionada automaticamente e rapidamente) ou fria (exige tempo ou intervenção manual para ativação).
  • Tolerância a panes:
    Capacidade de um sistema de continuar executando suas funções requeridas mesmo quando ocorre uma pane.
  • Proteção contra falhas:
    Projeto de um item ou sistema que o torna seguro em caso de falha.
  • Mascaramento de pane:
    Capacidade de impedir que uma pane cause efeito perceptível na função do sistema.

Processos e Gestão

  • Crescimento da confiabilidade:
    Melhoria progressiva de uma medida de confiabilidade de um item, ao longo do tempo.
  • Melhoria da confiabilidade:
    Processo executado com a intenção deliberada de melhorar a confiabilidade, pela eliminação das causas de falhas sistemáticas ou pela redução da probabilidade de outras falhas.
  • Depuração (burn-in):
    Operação de um item por certo tempo sob condições especificadas com o objetivo de detectar falhas prematuras.
  • Gerenciamento | Garantia | Controle da confiabilidade e mantenabilidade:
    Atividades sistemáticas para assegurar que a confiabilidade e mantenabilidade sejam consideradas durante o ciclo de vida do item.
  • Programa e Plano de confiabilidade e mantenabilidade:
    Conjunto organizado de ações destinadas a atingir os requisitos de confiabilidade e mantenabilidade.
  • Auditoria, Supervisão e Revisão de projeto:
    Atividades executadas em diferentes fases do projeto para verificar e validar o cumprimento dos requisitos de confiabilidade e mantenabilidade.

Importância da padronização terminológica

A compreensão precisa dos termos técnicos é um diferencial estratégico na gestão da manutenção. Assim, utilizar definições padronizadas, como as da ABNT – NBR 5462, garante uniformidade na comunicação entre áreas, fornecedores e sistemas integrados.

Este dicionário de manutenção industrial contribui para esse alinhamento, servindo como referência prática para equipes de engenharia, confiabilidade e gestão de ativos.

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