Soprador: conheça as falhas mais comuns e como detectá-las

O soprador tem aplicação em diversas indústrias, estando presentes em processos de aeração, fermentação, transporte pneumático entre outros. Para cada atividade, existe um modelo ideal, considerando a operação em si e a relação custo x benefício.

Antes de abordar os tipos de sopradores, é importante diferenciá-lo dos compressores. O princípio de funcionamento de ambos é o mesmo, a diferença está na pressão e no fluxo de ar produzido. Isto é, o objetivo do soprador é gerar um fluxo relativamente grande de ar a uma pressão relativamente baixa. Já o compressor, produz um fluxo pequeno de ar a uma pressão bastante elevada. 

Leia também: Compressores industriais: conheça as principais falhas  (dynamox.net) 

soprador industrial

Tipos de sopradores 

Sopradores de fluxo: Proporcionam a conversão da energia cinética em energia de pressão. Alguns exemplos são o tipo parafuso e o centrífugo.  

  • Parafuso ou parafuso helicoidal: Possui dois tipos de rotores – um macho com três lóbulos convexos, e um fêmea com cinco flautas côncavas, que giram em sentidos opostos. O movimento puxa o ar que é, então, expelido. 
  • Centrífugo: Funciona a partir do princípio de centrifugação. Isto é, acelera o fluido que entra paralelo a linha de centro do eixo e é lançado na perpendicular realizando movimento centrífugo, quando seu rotor sofrer rotação.  

Sopradores volumétricos: Deslocam o fluido em volumes definidos a cada rotação.  O modelo mais comum é o trilobular ou “Roots”. 

  • Roots: O processo funciona por deslocamento. Assim, funciona bombeando fluidos usando um par ou trio de lóbulos sincronizados. 

Falhas mais comuns em soprador

Apesar da variedade de modelos, existem algumas falhas que são bastante comuns, dentre elas: 

Componente FalhaEfeito Possível causa Resolução* 
Motor  Queima do difusor Desarme Falta de fase e desgaste natural  Substituição e investigação elétrica 
Falha na atuação do fim de curso Falta de informações sobre regime de trabalho 
Desgaste prematuro dos rolamentos  Travamento do motor Lubrificação inadequada Substituição do rolamento e lubrificação  
Desbalanceamento do rotor  Vibração anormal e sobreaquecimento Rolamentos danificados Substituição do rolamento 
Falha nos enrolamentos  Queima do motor 
Problemas no acionamento elétrico Parada repentina Sobreaquecimento Investigação elétrica 
Sistema de ventilação ineficiente Sobreaquecimento 
Aquecimento dos mancais   Desgaste dos rolamentos Desgaste de componentes Substituição  
Engrenagens Desgaste do conjunto Vibração excessiva Desgaste natural Substituição do conjunto 
Desalinhamento das engrenagens 
Sistema de refrigeração Ineficiência na refrigeração Danifica componentes internos Desgaste natural  Substituição dos componentes e lubrificação 
Falha na bomba de óleo Atrito excessivo 
Controles de pressão e temperatura Falha de comunicação Temperatura e pressão inadequados Desgaste natural  Substituição 
Falha em instrumentos 
Válvula Queima da válvula  Pressão excessiva na linha  Desgaste interno  Substituição 
Rolamento danificado   
Contatos de indicação danificados   
Sede danificada   
* Se trata de uma sugestão de ação que está atrelada a condição do ativo e a estratégia de gestão da manutenção. Mas, é sempre importante investigar se o problema não é uma consequência de outra falha.

Manutenção em soprador industrial

Na indústria, a eficiência é um diferencial de mercado. Isto é, quanto melhor o aproveitamento dos recursos e matérias-primas, maior tende a ser o rendimento. E para que se alcance esse objetivo, é fundamental que a manutenção seja vista como um elemento estratégico.  

Para isso, é necessário que haja um cronograma de inspeções, planos de ação e, principalmente, ferramentas que permitam mensurar a condição de operação do ativo. Assim, além de eficiência, é possível aumentar a confiabilidade e a disponibilidade dos sopradores. Confira algumas sugestões: 

  1. Limpeza periódica: o acúmulo de poeira, detritos e outros contaminantes pode contaminar os lubrificantes, gerar sobreaquecimento e sobrecarga, impactando a operação e, até mesmo, diminuindo sua vida útil. 
  1. Atenção à lubrificação: a lubrificação é essencial para evitar o desgaste precoce e excessivo dos componentes rotativos. Por isso, é fundamental que ela seja feita periodicamente, na quantidade adequada e com o lubrificante recomendado. 

Leia também: Relação entre análise de lubrificação e vibração (dynamox.net) 

  1. Inspecione a correia de transmissão: é importante inspecioná-la periodicamente. Esse componente, quando gasto ou fora da sua condição ideal, contribui para o desalinhamento das polias e uma série de outros problemas que ocorrem como consequência.  
  1. Monitore níveis de vibração: a vibração é um ótimo indicativo sobre a saúde geral dos ativos. Isso porque é possível identificar modos de falhas ao perceber mudanças nos níveis vibracionais, contribuindo para aumentar a disponibilidade do equipamento, reduzir custos, evitar desgastes prematuros, evitar intervenções desnecessárias e, claro, diminuir os riscos de acidentes. 

Diagnóstico de falhas em sopradores 

A Dynamox desenvolveu um algoritmo apoiado em Inteligência Artificial especialista em sopradores. Assim, ele conhece a forma de operação da máquina e é capaz de identificar modos de falha com precisão.

Com a detecção automatizada, é possível aumentar a quantidade de análises. Dessa forma, otimizar o tempo do analista que pode gerenciar mais diagnósticos, uma vez que já tem os indicativos de qual é o problema. 

Essa facilidade é parte da solução Dynamox, que busca oferecer o melhor sistema para monitoramento e análise de condição por meio de dados de vibração e temperatura. 

No caso dos sopradores, o monitoramento ocorre por meio de 2 sensores instalados no motor, pelo menos 3 sensores no redutor e um por mancal no exaustor, conforme ilustração.

Instalação de sensores em sopradores

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