Você já se perguntou qual é a diferença entre a gestão de ativos e a gestão da manutenção? Esses conceitos podem causar confusão. Ambos abrangem estratégias para aumentar a eficiência dos ativos de uma planta industrial. O objetivo por trás dessas atividades é melhorar os índices de confiabilidade dos equipamentos.
Entretanto, elas possuem distinções e singularidades entre si. Quer entender de vez a diferença entre gestão de ativos e gestão da manutenção? Neste post vamos explicar as duas atividades e apontar suas distinções. Boa leitura!
O que é a Gestão de Ativos?
Para falar da diferença entre gestão de ativos e gestão da manutenção, antes, precisamos definir as duas atividades.
De acordo com a ISO 55000, a gestão de ativos traduz os objetivos das organizações em decisões, planos e atividades relacionadas aos ativos. Para isso, utiliza-se uma abordagem baseada em riscos.
A Gestão de Ativos engloba todas as atividades realizadas durante o acompanhamento do ciclo de vida dos ativos. Incluindo, é claro, ativos industriais. A partir do momento que uma empresa decide adquirir um novo equipamento até o descarte daqueles obsoletos, a administração dessas escolhas deve ser mapeada para a Gestão de Ativos.
Isso permite que a empresa avalie a necessidade e desempenho de ativos em diferentes níveis. Além disso, a gestão de ativos proporciona a aplicação de abordagens analíticas para o gerenciamento de ativos durante as diferentes fases do seu ciclo de vida.
Com isso, o objetivo da Gestão de Ativos é garantir que o equipamento vai gerar o retorno produtivo esperado, dado o investimento do negócio. Mas, além da eficiência produtiva ao longo do período de funcionamento, a gestão de ativos também se refere aos trâmites de descarte após o fim do ciclo de vida de uma máquina.
Uma boa estratégia de gestão de ativos garante a otimização e redução de custos, precisão nos orçamentos, aumento da produtividade e do ciclo de vida. Além disso, melhora a percepção da empresa acerca de seus ativos e sua capacidade produtiva.
Benefícios da gestão de ativos
Ainda de acordo com a ISO 55000, a gestão de ativos permite que uma organização obtenha valor a partir dos ativos no alcance de seus objetivos organizacionais. Sendo assim, o valor gerado depende destes objetivos, da natureza do negócio e finalidade da empresa e suas necessidades e expectativas. Portanto, a gestão de ativos apoia a obtenção de valor enquanto equilibra os custos financeiros, ambientais, sociais, risco, qualidade de serviço e desempenho relacionado aos ativos.
Baseado nas informações acima, podemos concluir que a gestão de ativos não diz respeito somente à manutenção.
Uma estratégia de manutenção e uma estratégia de gestão de ativos diferem muito entre si. Na primeira, ficam registrados as rotinas de manutenção de uma planta de ativos. Já a gestão de ativos, não está limitada a avaliação da condição do maquinário e engloba diversas outras atividades.
O que compõe a gestão de ativos?
Identificação dos ativos
É importante saber exatamente quais são os ativos de uma planta que você é responsável por gerenciar. Embora isso pareça senso comum, na prática pode ser mais difícil do que se imagina. Além disso, grandes indústrias podem operar com centenas ou até mesmo milhares de ativos individuais. Uma linha de produção funciona como um sistema único integrado e é composta por vários ativos trabalhando juntos. Cada um desses ativos é composto por vários subconjuntos, que podem ser subdivididos em componentes individuais.
Localização dos ativos
Não basta saber quais ativos você possui – você também deve saber onde seus ativos estão localizados. As indústrias que utilizam ativos móveis, como veículos, material rodante, ativos no local ou ativos espalhados por diversas regiões geográficas, devem sempre saber a sua localização exata, afinal, são patrimônios.
Condição dos ativos
Conhecer a condição de um ativo é essencial para o planejamento da manutenção. As informações sobre a condição são obtidas por meio de rotinas de inspeção ou monitoramento contínuo. Atualmente, com o surgimento da indústria 4.0, soluções inovadoras buscam otimizar os processos de monitoramento e manutenção de ativos, como por exemplo, o uso de sensores sem fio de monitoramento, dashboards de controle, entre outros.
Especificação dos ativos
Um componente importante do gerenciamento de ativos é compreender o design e as especificações de um ativo. Essas informações fornecem os limites para a operação de ativos com eficiência máxima. Também orienta os procedimentos de manutenção e garante a substituição e o reparo adequados de peças. Afinal, quando ocorrem avarias inesperadas, saber como os ativos devem funcionar ajuda a equipe de manutenção a identificar melhor a causa das falhas.
Manutenção dos ativos
Uma vez identificados os ativos e conhecidas suas localizações, condições e especificações, um plano de manutenção deve ser criado. Dependendo da condição atual, da importância e do risco de falha de um ativo, diferentes estratégias de manutenção podem ser empregadas.
Por exemplo, a manutenção corretiva pode ser utilizada em ativos de produção que funcionam com pouca frequência e cuja reparação será relativamente barata em caso de falha. Por outro lado, ativos altamente críticos – como aqueles que funcionam constantemente e cuja falha resultaria em perda de produção – podem se beneficiar de um plano de manutenção mais robusto baseado na criticidade do ativo, estratégias de manutenção preditiva devem ser empregadas visando evitar uma falha funcional.
Dada a complexidade do gerenciamento de planos de manutenção em centenas ou milhares de ativos, as organizações devem investir em um sistema digitalizado de gerenciamento da manutenção. Os CMMS são eficientes para que tenhamos todos os históricos de intervenções dos ativos industriais. E o uso de APM garante que consigamos analisar o desempenho dos ativos. Quando aliadas, essas ferramentas nos ajudam na tomada de decisão.
Custo dos ativos
Como falamos, a gestão de ativos maximiza a vida útil de um ativo e reduz seu custo de manutenção. À medida que envelhecem, os ativos tornam-se mais caros de operar e manter. Portanto, as organizações devem ser capazes de monitorar o desempenho real dos ativos e identificar áreas de economia de custos.
Avaliação de desempenho de ativos
É muito importante que as indústrias avaliem o desempenho dos ativos, da sua gestão de ativos e de seu sistema de gestão de ativos. As medidas de desempenho podem ser diretas ou indiretas, também podem estar relacionadas a metas financeiras ou não. Por isso, a ISO 55000 menciona que é necessário fazer a avaliação de desempenho dos ativos e, para isso, é fundamental ter um processo de gestão da manutenção bem estabelecido.
O que é a gestão da manutenção?
Garantir a confiabilidade e a disponibilidade dos ativos de modo a atender a um programa de produção ou prestação de serviços com segurança, preservação do meio ambiente e custos adequados.”
Júlio Nascif & Luiz Carlos Dorigo – Manutenção orientada para resultados
Atualmente, a gestão da manutenção ocupa um lugar central e estratégico dentro das indústrias. Muitas empresas possuem um núcleo de Engenharia de Confiabilidade que faz os estudos de confiabilidade e ajuda a traçar as melhores estratégias de Manutenção. Além disso, a Engenharia de Manutenção assume a responsabilidade de execução da Gestão da Manutenção visando garantir que as estratégias, técnicas de manutenção sejam executadas.
Como fazer a gestão da manutenção?
Quando bem definido, a gestão da manutenção é um processo que garante a eficiência do maquinário, antecipando possíveis imprevistos ao identificar uma falha potencial. Isso possibilita a realização de ações preventivas antes de uma falha ocorrer, o que certamente comprometerá o fluxo produtivo.
A ISO 55000 fala em monitorar o desempenho do ativo, já a gestão da manutenção, através do uso de técnicas de manutenção preditiva, prevê o acompanhamento contínuo do estado de saúde dos ativos, visando planejar paradas e ações corretivas antes que seu desempenho seja comprometido.
A gestão da manutenção o gerenciamento de todas as ações voltadas para evitar ou corrigir falhas decorrentes do uso ou desgaste de ativos industriais. O gerenciamento da manutenção possui os seguintes pilares fundamentais: garantir a disponibilidade e confiabilidade do ativo; estender ao máximo a vida útil do equipamento, sem comprometer a qualidade; e reduzir os custos.
Benefícios da gestão da manutenção para aumentar a disponibilidade de ativos
Aumentar a disponibilidade dos ativos corresponde ao intuito de assegurar que eles estejam disponíveis na planta industrial mantidos em excelentes condições para produção, reduzindo paradas abruptas, defeitos ou quebra do maquinário.
Benefícios da gestão da manutenção para aumentar a confiabilidade de ativos
Já na confiabilidade de ativos, o objetivo é garantir que o equipamento tenha sua função preservada e cumpra o programa de produção a ele destinado, ou seja se e indicador de disponibilidade foi alcançado é sinal de que a confiabilidade foi mantida.
Benefícios da gestão da manutenção para reduzir custos
Os custos de manutenção incluem Opex (custos para manter o ativo em funcionamento) e Capex (custos de investimentos em novos ativos, retrofit, adequações). Nesse sentido, são considerados todos os custos das manutenções que serão realizadas durante a vida útil do ativo. Ou seja, custos envolvidos nas estratégias e recursos utilizados (mão de obra e peças).
No entanto, inevitavelmente, todos os ativos chegarão a um ponto em que se tornarão mais dispendiosos de manter do que de substituir completamente.
Diferença entre gestão de ativos e gestão da manutenção
Evidentemente, percebemos que o processo de gestão da manutenção tem um importante papel dentro da gestão de ativos. Pois, são as ações da gestão da manutenção e as estratégias que serão utilizadas, que permitirão monitorar o desempenho do ativo para que ele gere valor.
No que tange a prolongar a vida útil e reduzir custos, a gestão da manutenção visa executar ações que evitem ou diminuam o desgaste de equipamentos, e ativos em geral, aumentando seu tempo útil e gerando um maior retorno sobre o investimento.
Soluções para a gestão de ativos e gestão da manutenção
Agora que você já sabe a diferença entre gestão de ativos e gestão da manutenção, chegou a hora de conhecer soluções que podem melhorar essas atividades na sua indústria.
Sensores wireless de monitoramento de ativos
Com dados coletados por estes sensores é possível monitorar o funcionamento dos equipamentos e antecipar possíveis falhas. A Dynamox dispõe de sensores que realizam coleta triaxial, certificados para atmosfera explosiva, além do grau de proteção IP66, IP68 e IP69.
Plataformas de análise de dados
Elas automatizam a análise e prognóstico para que ações preventivas ou corretivas possam ocorrer. Conte com uma plataforma intuitiva, que gera alarmes conforme a criticidade das falhas e que tenha todas as ferramentas necessárias para a tomada de decisão assertiva.
Rotas digitalizadas e painéis integrados para gestão da manutenção
Painéis de controle e gestão das atividades de manutenção ajudam a sincronizar e visualizar o que precisa ser feito, conforme a prioridade elencada pela equipe, ou o risco de negócio que uma falha possa representar.
Conheça todas as funcionalidades e aplicabilidades da Solução Dynamox para o monitoramento de saúde e performance dos ativos e gestão das ações de manutenção.
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