A Inspeção Sensitiva é parte da manutenção sob condição de indústrias de diferentes portes. Mas, por mais simples e básica que a técnica possa parecer, ela não deve ser subestimada ou feita sem planejamento.
Nesse sentido, existem alguns passos básicos para a implementação ou então para melhor aproveitamento da Inspeção Sensitiva para as indústrias que já a usam. Mas, além das etapas básicas, existem ferramentas que contribuem para que a técnica se torne ainda mais eficiente, bem como contribuem para otimização das rotas de inspeção.
Confira algumas dicas para otimizar e aplicar a sensitiva na sua indústria.
O que é Inspeção Sensitiva?
A inspeção sensitiva é, portanto, uma técnica de manutenção sob condição que utiliza os sentidos humanos para detectar problemas em ativos. Isto é, o inspetor se utiliza da visão, audição, olfato e tato para identificar possíveis problemas nos ativos.
Quer saber mais sobre Inspeção Sensitiva? Veja o vídeo: O que é Inspeção Sensitiva? (youtube.com)
Vantagens da inspeção sensitiva?
A possibilidade de utilizar os sentidos humanos a fim de avaliar a condição dos equipamentos, quando utilizada de forma estratégica, pode fazer a diferença na gestão de ativos. Isto é, a partir da orientação e do direcionamento do conhecimento do inspetor é possível identificar uma série de anomalias, ou ainda, servir como um double-check de indícios de falha apontados por softwares, como o Módulo de Gestão à Vista da Dynamox.
Por isso, a técnica é amplamente utilizada em indústrias de vários setores e apresenta vantagens como:
- Baixo custo de Implantação. Isto é, boa parte da sua operacionalização está atrelada a presença de um profissional com experiência e ferramentas para registro das informações.
- Versatilidade do ser humano na identificação do problema. Um profissional consegue identificar anomalias onde não existem sensores que o façam. Dessa forma, ao analisar os ativos, ele poderá identificar cabeamentos danificados, possíveis barulhos estranhos da máquina, pontos de corrosão, correias com folgas, motores desajustados, estados de conservação e várias outras situações não identificadas por um hardware, por exemplo.
- Maior confiabilidade e disponibilidade. A vistoria periódica permite identificar falhas em estágio inicial e assim evitar paradas prolongadas. Desse modo, impactando os indicadores de confiabilidade, disponibilidade e custos de manutenção.
- Melhor visibilidade da condição dos ativos para planejamento assertivo das ações corretivas. Sabendo e acompanhando a evolução do problema, aproveita-se a oportunidade de parada para tratar os problemas encontrados e assim otimizar o gerenciamento do backlog de corretivas.
A inspeção sensitiva é, portanto, parte da estratégia de manutenção e deve fazer parte do planejamento da gestão do desempenho, por exemplo. Contudo, para que se alcance todo o potencial da técnica e a efetividade das informações para a tomada de decisão, é fundamental que a inspeção sensitiva ocorra em intervalos determinados, de forma estruturada e bem planejada. Alinhada, portanto, com a estratégia de manutenção sob condição da indústria em questão.
Inspeção sensitiva na manutenção sob condição
A manutenção sob condição ou baseada em condição é o acompanhamento periódico e constantes de ativos, em que se coletam dados por meio do monitoramento ou inspeções. Assim, é possível identificar falhas em estágios iniciais e evitar paradas prolongadas, bem como aproveitar ao máximo o ciclo de vida das peças, minimizando as manutenções corretivas urgentes.
Plano de Inspeção e a Sensitiva
A Inspeção Sensitiva é parte do plano de inspeção, contido no plano de manutenção. Assim, um plano de manutenção bem elaborado engloba a estratégia de manutenção e todos os respectivos subníveis. Dessa forma, o alinhamento entre o planejamento e sua execução impactará positivamente indicadores de confiabilidade e de disponibilidade.
As estratégias de manutenção quando bem aplicadas podem proporcionar ganhos em segurança pessoal, operacional e do meio ambiente, bem como a conscientização de atendimento as normas e diretrizes organizacionais.
Desse modo, a estratégia de manutenção deve se basear em estudos de confiabilidade que visam manter a função do ativo e sua disponibilidade. Assim, a aplicação das estratégias corretas terá um efeito positivo nos custos de manutenção (OPEX) e dará subsídio para a avaliação da necessidade de investir em CAPEX.
Leia mais sobre a relação entre confiabilidade OPEX e CAPEX aqui.
Mas, voltando ao plano de manutenção, ele serve como guia, sendo, portanto, um item importante para qualquer indústria. Isso porque é a partir das definições gerais do plano de manutenção que se monta o plano de inspeção. Este documento deve prever cronogramas de checagens e definir padrões de qualidade. Isto é, ele contém informações sobre quais itens precisam passar pela vistoria (ativos, frotas, edifícios, produtos), o tipo de inspeção que deve ser realizada, periodicidades de checagens e os respectivos responsáveis.
No dia a dia das indústrias, principalmente na área da manutenção, o plano de inspeção pode se tornar sinônimo da Inspeção Sensitiva, embora ele faça referência a processos mais amplos. Nesse sentido, o plano deve ser claro e detalhado ao mesmo tempo, sendo muito mais do que um simples cronograma com datas e responsabilidades. Afinal, é a partir dele que se elabora a rota de inspeção sensitiva.
Como montar a rota de inspeção sensitiva?
O plano de inspeção é um documento a partir do qual se cria uma ferramenta prática, a rota de inspeção Sensitiva. Isto é, o plano serve para estabelecer padrões e direcionamentos, que guiarão o técnico no processo de reunião de dados e sua posterior transformação em informações importantes.
Por isso, para a montagem da rota de inspeção sensitiva, é recomendado seguir algumas orientações-guia para que se viabilize os resultados pretendidos. Isto é, considerando a visão da planta como um todo, as etapas do processo produtivos e, claro, a criticidade dos equipamentos. Assim, a montagem do plano possui 6 passos básicos:
6 passos para montar a rota sensitiva:
- Mapeamento de ativos a serem inspecionados
- Identificação dos critérios da inspeção
- Elaboração da ficha de inspeção ou checklists
- Elaboração do cronograma com as rotinas das inspeções
- Definição da rota de inspeção
- Revisão das etapas e das informações obtidas
Ao seguir esses passos, é possível ter uma boa ideia do que precisa ser inspecionado, quando e como. Entretanto, a tarefa pode se tornar desafiadora quanto maior e mais complexa é planta industrial. Isso sem mencionar o valor alto gasto em homem/hora na inspeção dos equipamentos e, principalmente, na elaboração dos relatórios que podem representar mais da metade do tempo gasto na atividade.
Além disso, o gerenciamento manual dessas informações não é a maneira mais eficiente tampouco a que gera melhores insights sobre a saúde e a performance dos ativos. Para isso, existem ferramentas e métodos que contribuem para o planejamento e execução do processo. Uma delas é o Módulo de Inspeção da Dynamox, com ele é possível planejar as rotas, criar checklists personalizados para os ativos e acompanhar o desenvolvimento da tarefa pelo técnico.
Além disso, a ferramenta está disponível em um aplicativo, o qual possui o questionário preenchido durante a execução da rota, mesmo que não haja internet. Confira mais sobre essa solução:
Assim, o módulo de Inspeção tem como objetivo otimizar os processos de inspeção sensitiva, através da tecnologia industrial a favor da gestão da manutenção de ativos. A ferramenta é, portanto, ideal para desenvolver uma inspeção integrada de manutenção, quando interligado a sistemas de dados relacionados a manutenção preditiva, como os sensores sem fio da Dynamox.
Confira 7 Benefícios da inspeção sensitiva com a Dynamox e aproveite-os na sua indústria!
Ferramentas necessárias para a execução da rota
O primeiro item da inspeção sensitiva é o técnico, claro. É importante que o profissional tenha amplo conhecimento e experiência para perceber o máximo possível de anomalias. Inclusive, o técnico deve ser um dos mais capacitados da equipe da manutenção. Isto é, ele deve ser observador, com curiosidade técnica, metódico e organizado em relação ao planejamento de inspeção.
É importante, ainda, que seja exigente no que diz respeito à qualidade dos equipamentos e da manutenção, muito atencioso, consciente e, acima de tudo, responsável. Além disso, é fundamental que ele tenha um respaldo técnico para sua tomada de decisão.
Além da sensitiva “convencional”, é possível utilizar ferramentas para aperfeiçoar a percepção dos sinais de anomalia. Assim, utilizam-se instrumentos para mensurar grandezas com maior precisão, ou então como ajudantes dos sentidos humanos. Nesse caso, tem-se a chamada sensitiva “instrumentada”. Nessa categoria, algumas das ferramentas tradicionais são:
- Paquímetro
- Termômetro
- Lanterna
- Gabaritos
- Ferramentas de anotações
No método convencional, o técnico precisa anotar todos os dados em uma prancheta e depois transformá-los no relatório. Tarefa que pode ser demorada e passível de erros de digitação e falhas humanas. Agora, com a solução Dynamox, essa atividade se torna digital, muito mais rápida e prática.
Isto é, com o módulo de Inspeção, o profissional já preenche os dados diretamente em um aplicativo ao responder questões relativas ao estado do ativo. Além disso, pode anexar arquivos de imagem e de áudio para tornar a inspeção ainda mais completa. E, ao final, ele pode gerar automaticamente um relatório a partir do que ele preencheu durante a rota de inspeção. Elimina-se, portanto, a necessidade do relatório manual e de possíveis erros em decorrência disso.
Quer saber como funciona a o gerenciamento da rota de inspeção sensitiva da solução Dynamox? Confira aqui.
Como monitorar a execução da inspeção?
Outro desafio é o monitoramento da execução da rota. Isto é, será que o técnico realizou a inspeção da maneira correta e no modo mais adequado? No modo tradicional, é difícil obter essa resposta. Afinal, é preciso confiar que o técnico realizou a vistoria, notou todas as possíveis anomalias e fez as anotações necessárias.
Infelizmente, se alguma dessas tarefas não foi executada corretamente, o problema possivelmente se tornará uma falha grave antes de ser percebido. Por isso, indústrias que buscam uma gestão estratégica da manutenção e do desempenho dos ativos optam por ferramentas que ofereçam um grau maior de confiabilidade.
Nesse sentido, o módulo de Inspeção é um grande aliado ao oferecer a opção de monitoramento da execução da rota via GPS, por exemplo. Isto é, ao preencher o checklist, o aplicativo coleta também a localização do técnico. O que garante que o profissional estava efetivamente no local a ser inspecionado.
Assim, para gerenciar com eficiência a rota de inspeção sensitiva, é necessário ir além do método tradicional. Isto é, partindo de um plano organizado e adequado, torna-se imprescindível investir em ferramentas que potencializem o conhecimento humano e facilitem a realização da tarefa.
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